montanha das 7 cores - viniKunKa

VINIKUNKA

A famosa montanha das 7 cores, descoberta há pouco tempo, pois estava coberta de neve.

TRANSPORTE 🚌

A partir da cidade de Cusco, combinamos com um taxista para nos levar até esta montanha. Acordamos o preço com ele, já com o pagamento das respetivas entradas e almoço.

A partir do centro da cidade de Cusco, é uma viagem com cerca de 2 horas de carro. São à volta de 60 kms.

 TER EM ATENÇAO ANTES DE IR🧐

  • Altitude
    Acima dos 5000m o aproveitamento de oxigénio por parte do nosso corpo desce bastante e provoca alguns sintomas como por exemplo:
    – A respiração é muito mais acelerada.
    – A frequência cardíaca aumenta de tal maneira que parece que estamos a fazer uma corrida.
    – A cada 10 metros caminhados havia uma sensação de tonturas e falta de força para continuar.
    As pessoas de lá recomendam que se masquem folhas ou rebuçados de coca. Também tem lá uma água floral com um odor muito intenso a ervas que faz com que abra as vias respiratórias. É recomendado andar bastante agasalhado porque ao mantermos a temperatura corporal, os sintomas não são tão rápidos. 
  • Viagem de cavalo
    – Sei que muita gente é contra este tipo de transporte, mas como se costuma dizer, “para grandes males, grandes remédios”. Só quem vai lá é que consegue perceber o quão difícil é fazer uma caminhada com pouca oxigenação. 
    Estes cavalinhos que estão muito bem tratados têm um custo de 90 Soles, e fazem a viagem quase toda. Têm uma paragem antes da subida final que é bastante íngreme para eles subirem.
  • Meteorologia
    – Por vezes pode chove, portanto uma capa de chuva é aconselhável. Caso não tenham, podem sempre comprar lá. Custam por volta de 5 Soles.

HISTÓRIA QUE FICA PARA CONTAR AOS FILHOS 😶‍🌫️

Quando regressávamos da montanha, parámos num restaurante que por sinal também era uma loja de ferragens. 
Começamos com um caldo de frango (os peruanos comem muito caldo de frango) e depois passamos para o prato principal. 
No fim de já estarmos almoçados, decidimos continuar a viagem de mais 1 hora e tal.

Chegados ao hotel, fizemos as contas com o nosso motorista, e ao pagar, o meu cartão não estava a funcionar, pensei eu, mas a rede móvel também não era a melhor. (o motorista tinha um TPA portátil e aceitou que fizéssemos o pagamento em cartão). Entretanto decidimos utilizar outro cartão, até que, demos falta de uma bombag que provavelmente estaria dentro da minha mochila.

Despejei a mochila e não encontrei nada. Então, decidimos procurar no carro, porque provavelmente teria caído no banco. Quando chego ao carro, também não estava lá!

O que tinha nessa bombag?
– 2 passaportes
– 1 carteira com dinheiro
– 1 Airtag ( a nossa salvação)

Começou então o nervosismo e todos os cenários e consequências a passarem-nos à frente dos olhos.
Isto implicava,
Fazer uma viagem de 24 horas de autocarro até à embaixada portuguesa em Lima e fazer novos passaportes.
Ficar o resto dos dias em Lima e voltar para Portugal com a viagem praticamente no início.
Perder todos os outros voos e hotéis marcados no seguimento da viagem. 
Reservar novamente mais umas noites em Lima até ao processo ficar resolvido.
Rezar muito para que o processo fosse rápido.

Até que nos deu uma luz, e lembrámo-nos que havia um Airtag na carteira.
– Bora localizar!
Apareceu então a seguinte mensagem: “O seu dispositivo encontra-se fora do alcance”. 
Mas a última comunicação com o telemóvel foi 1 minuto antes de arrancarmos, ou seja, a carteira tinha ficado no restaurante/loja de ferragens. 
Mas, o nosso motorista não sabia o nome do restaurante que tínhamos almoçado. A única coisa que sabia era mais ou menos a zona onde parámos e que havia uma loja de ferragens dentro do restaurante. Então ligou para outro restaurante para saber se sabiam o número do restaurante vizinho para podermos ligar para lá. 
O dono do restaurante não estava lá por perto, estava em Cusco (como nós) mas deu-nos o número da esposa e então entramos em contacto com ela. Pedimos-lhe para ir ao restaurante, que ficava a pouca distância, para ver se ainda estava lá a carteira e esperámos o novo contacto.
Entretanto liga-nos a dizer que a bombag está lá, que os passaportes e a carteira também estão e tentámos arranjar a melhor forma de ir ter com ela.
Então falámos com o motorista para nos levar lá.
Mais 2 horas de viagem para cada lado em busca da carteira esquecida!
Chegamos ao destino e conseguimos recuperar a carteira que estava intacta.
Quando chegámos a Cusco, já passava das 23h e fomos procurar um local para jantar. 
A maior parte dos restaurantes não aceitava pagamentos em cartão ou estavam a fechar. Mais um filme para arranjar um local para jantar àquela hora. Mas no fim de tudo, conseguimos jantar e depois fomos para o hotel descansar porque no dia seguinte tínhamos de acordar bastante cedo para ir ao Machu Picchu.

Mais uma aventura que correu bem!